Com a sensação de dever cumprido, o interventor federal na Segurança
Pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, afirmou que, após
10 meses de trabalho, a intervenção atingiu os objetivos de recuperar a
capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os
índices de criminalidade. Em dados gerais, o Rio de Janeiro, de março a
novembro, teve queda dos roubos de rua, que caíram 5,9%; roubos de
carga, queda de 19,6% e os latrocínios (roubos seguidos de morte)
recuaram 33,7%. Mas se o recorte for feito em São Gonçalo, Niterói e
Maricá, a intervenção não trouxe o resultado expressivo esperado.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), crimes como os
roubos a pedestres, roubos de carga e os autos de resistência
apresentaram aumento no período de fevereiro a novembro (último mês com
divulgação de estatísticas oficiais) em São Gonçalo.
Os roubos a
pedestres aumentaram 22% e passaram de 6.476 casos no mesmo período do
ano passado para 7.910 casos esse ano, média de 27 casos por dia. Já os
casos de roubos de carga passaram de 1.171 no ano passado para 1.330
durante esse ano. E os autos de resistência passaram de 79 casos no ano
de 2017 para 137 registros esse ano, aumento de aproximadamente 73%.
Entretanto, os casos de roubo de veículos e homicídios dolosos
apresentaram redução no mesmo período. Os roubos de veículos reduziram
em 4% (5.001 contra 4.816). Em média, São Gonçalo registra 17 casos por
dia. Os homicídios dolosos reduziram 16% durante o período de
intervenção, passando de 316 para 264 casos.
Para o especialista em segurança pública e presidente do Instituto de
Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, José Ricardo
Bandeira, a intervenção federal chega ao fim com poucos resultados
concretos na diminuição da violência e criminalidade. Para ele, alguns
índices tiveram queda e são divulgados como exemplos de sucesso da
intervenção, mas não representam um resultado que possa ser duradouro.
“É fato que, com a intervenção federal, houve um aumento do poder de
polícia e, consequentemente, da repressão policial gerando a diminuição
de alguns índices, mas levando também a um aumento nas mortes em
confronto. Um grande erro da intervenção foi priorizar a repressão
policial, aumentado os confrontos visando resultados artificiais a curto
prazo, em detrimento do investimento em inteligência, que
possibilitaria resultados duradouros e eficientes a médio e longo prazos.
fonte: o São Gonçalo
Fim da Intervenção Federal como ficara São Gonçalo
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